Economia | ||||||
Noticia de: 02 de Janeiro de 2018 - 14:21 | ||||||
Salário mínimo, tarifa branca, nova idade para sacar PIS/Pasep: veja o que muda em 2018 e pode afetar seu bolso | ||||||
Com a virada do ano, novos valores do salário mínimo e de benefícios sociais entram em vigor. Passam a valer também novas regras para enquadramento no Simples Nacional – sistema que permite o recolhimento simplificado de tributos - e na modalidade de microempreendedor individual (MEI).
Outra novidade é a chamada tarifa
branca, que permitirá que consumidores paguem menos se concentrarem o consumo
fora do pico.
Outras mudanças já foram anunciadas e
serão implementadas nos próximos dias, como a nova idade mínima para o saque de
cotas do PIS/Pasep, que foi reduzida para 60 anos. Veja as principais mudanças que
entram em vigor a partir de janeiro de 2018:
Salário mínimo
O salário mínimo
foi reajustado de R$ 937 para R$ 954.
O valor vale a partir do dia 1º nas unidades da federação que seguem o decreto
nacional. O valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 31,80, e o valor
horário, a R$ 4,34.
Cerca de 45 milhões de pessoas no
Brasil recebem salário mínimo, entre aposentados e pensionistas, cujos
benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo governo federal. Abono salarial
O benefício
equivale a um salário mínimo vigente, ou seja, sobe para R$ 954 em 2018. O
abono é pago anualmente aos trabalhadores que recebem remuneração mensal de até
dois salários mínimos. O trabalhador precisa exercer atividade remunerada por,
no mínimo, 30 dias consecutivos no ano e estar cadastrado no PIS (empregado da
iniciativa privada) ou Pasep (servidor público) por pelo menos 5 anos.
Redução da idade para saques do
PIS/Pasep
A partir do dia
6 de janeiro, a idade mínima para o saque de cotas do PIS/Pasep passa a ser de 60 anos.
Esta é a segunda vez que o governo reduz a idade para os saques. Em agosto, uma
MP fixou a idade mínima em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Segundo
o governo, a mudança poderá beneficiar 10,9 milhões de pessoas e injetar R$
21,4 bilhões na economia.
Teto maior para Simples e MEI
Neste ano, as
empresas que faturarem até R$ 4,8 milhões ao longo de 2018 poderão se enquadrar
nas regras do Simples Nacional – sistema que permite o recolhimento
simplificado de tributos. No ano passado, o teto anual de faturamento era de
até R$ 3,6 milhões.
Também subiu o teto de faturamento para as microempresas,
de R$ 360 mil por ano para R$ 900 mil. Já o teto de faturamento para se
enquadrar na modalidade de microempreendedor individual (MEI) passará de até R$
60 mil para até R$ 81 mil. A partir deste ano, 12 novas ocupações também foram
liberadas para serem incluídas na categoria MEI, que tem tributação menor. Pelas regras do programa, o MEI não
pode ter participação em outra empresa e só pode ter no máximo um empregado. Saiba
mais aqui
Tarifa de luz mais barata fora do
pico
A tarifa branca
entrou em vigor no dia 1 e é opcional. A novidade permitirá que consumidores
paguem menos se concentrarem o consumo fora do período entre 18h e 21h. Os
consumidores devem solicitar às distribuidoras a adesão ao novo sistema. Após o
pedido, as concessionárias terão 30 dias para trocar o medidor. Saiba
mais aqui
Regras para sacar a partir de R$ 50
mil
A nova regra
começou a valer no dia 27 de dezembro. A partir de agora, quem precisar sacar
na boca do caixa R$ 50 mil em espécie ou qualquer valor acima terá de avisar o
banco com 3 dias úteis antes, segundo nova resolução do Banco Central. Antes, a
comunicação deveria ser feita com apenas 1 dia útil de antecedência. Os correntistas também terão de
informar mais dados aos bancos, como o motivo da transação. Saiba
mais aqui.
eSocial obrigatório para empresas
A partir do dia
8 de janeiro todas as empresas
com faturamento anual superior a R$ 78 milhões serão obrigadas a usar o
eSocial para registrar informações de empregados e de
eventos como férias e horas extras. As demais empresas serão obrigadas a aderir
ao sistema a partir do dia 16 de julho de 2018. Saiba
mais aqui.
Atualmente, somente patrões de empregados domésticos
estão obrigados a usar o eSocial para o registro dessas ações.
O governo estima que a implantação do
eSocial pode aumentar a arrecadação em R$ 20 bilhões por ano só por eliminação
de erros, que levam as empresas a pagarem menos do que o devido.
Taxa de Longo Prazo
A Taxa de Longo
Prazo (TLP) passa a corrigir os empréstimos do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para contratos
firmados a partir de janeiro, substituindo a Taxa de Juros de Longo Prazo.
Dentro de cinco anos ela gradualmente
irá se igualar à taxa de juros de mercado. Isso significa que a nova taxa do
BNDES será igual à taxa que o Tesouro paga para tomar empréstimo junto ao
mercado, ou seja, livre de interferências políticas. Assim, ela seria uma taxa
de juros dentro dos padrões do mercado.
Com a instituição da TLP, os juros
cobrados pelo BNDES deixam de ser subsidiados. Ou seja, pegar empréstimo no
banco público ficará mais caro, já que atualmente a taxa cobrada (TJLP) é de
6,75% ao ano, abaixo do juro básico da economia (Selic), que está em 12,25% ao
ano. Saiba mais aqui
Fundo garantidor de crédito
Desde o dia 22
de dezembro, quem contrata investimentos está submetido ao novo limite de R$ 1
milhão de garantia contra eventual calote de banco estabelecido
pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) - associação sem fins lucrativos criada
pelas instituições financeiras nos anos 1990 para proteger os investidores. O
limite vale para um período de quatro anos. Antes, o FGC cobria até R$ 250 mil
(valor mantido) por banco onde o investidor tinha aplicação. De acordo com a
nova regra, se o investidor tiver, por exemplo, aplicações em dez instituições
diferentes (ligadas ao FGC), ele estará garantido em R$ 1 milhão - e não mais
em R$ 2,5 milhões. O fundo protege pessoas físicas e jurídicas. Contribuições ao
INSS
Para as
empregadas domésticas que recebem salário mínimo e que recolhem 8%, a
contribuição passa de R$ 74,96 para R$ 76,32. A parte do patrão, que também
contribui com 8% do salário, sobe para R$ 76,32. Se recolher as duas partes,
pagará R$ 152,64.
Ações nos juizados
O reajuste do
salário mínimo afeta o teto permitido para se ajuizar uma ação. No Juizado
Especial Federal, por exemplo, pode entrar com ação, sem advogado, quem tem
valor a receber de até 60 salários mínimos. De R$ 56.220, o limite passa a ser
de R$ 57.240.
No Juizado Especial Cível, o valor
das ações também é calculado com base no mínimo. Quem quiser entrar com ação
que envolva até R$ 19.080 (ou 20 salários mínimos), sem advogado, está
liberado. Em 2017, o teto era de R$ 18.740.
CPF de dependentes a partir de 8 anos
no IR
A partir desse
ano, a Receita Federal passará a exigir CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) de
pessoasa partir de 8 anos de idade declaradas como
dependentes no Imposto de Renda. Até então a idade mínima estava fixada em 12
anos. Segundo o fisco, a redução da idade visa evitar que a declaração caia na
malha fina, "possibilitando maior rapidez na restituição do crédito
tributário". |
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