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Noticia de: 02 de Janeiro de 2018 - 14:41 | ||
Balança comercial em 2017 tem superávit de US$ 67 bilhões, o maior em 29 anos | ||
A babalança
comercial brasileira registrou superávit (exportações maiores que importações)
de US$ 67 bilhões em todo ano de 2017, informou nesta terça-feira (2) o
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Segundo a pasta,
trata-se do melhor resultado para um ano fechado desde o início da série
histórica do ministério, em 1989, ou seja, em 29 anos. No ano anterior,
em 2016, a balança também registrou superávit, mas menor: US$ 47,68 bilhões.
Esse valor representava o recorde histórico até então. "As
exportações cresceram [em 2017] após cinco anos. É algo realmente de se
ressaltar. O aumento de 18,5% mostra esse crescimento extraordinário. Em
valores absolutos, tivemos um crescimento de US$ 32,5 bilhões. Desempenho
decorrente tanto do crescimento do volume de exportações quanto do preço. Já as
importações tiveram seu primeiro crescimento após três anos", afirmou o
ministro da Indústria, Marcos Pereira. Balança Comercial Saldo anual, em US$ bilhões Fonte: MDIC Exportações
e importações O saldo
comercial recorde de 2017 se deve a um crescimento maior das vendas externas,
do que das importações: que registraram uma alta menor. Em todo ano
passado, as exportações somaram US$ 217,74 bilhões, com média diária de US$ 874
milhões (alta de 18,5% sobre o mesmo período do ano passado). É o maior valor
desde 2014, ou seja, em três anos. O valor
registrado nas exportações, por sua vez, é resultado de dois fatores:
quantidade exportada e o preço do produto. Os números oficiais mostram que as
vendas externas subiram mais por conta do preço do que pelo volume de vendas. Em todo ano de
2017, a quantidade de produtos exportados subiu 7,6% na comparação com o ano
passado, mas o preço dos produtos brasileiros ficou maior: 10,1%. Cresceram, no
último ano, as vendas ao exterior de produtos básicos (+28,7%), de
manufaturados (+9,4%), e também as exportações de produtos semimanufaturados
(+13,3%). Já as
importações somaram US$ 150,74 bilhões em 2017, ou US$ 605 milhões por dia útil
(aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2016). Trata-se do maior valor
para as importações desde 2015, isto é, em dois anos. Avançaram as
compras do exterior de combustíveis e lubrificantes (+42,8%), de bens
intermediários (+11,2%) e também de bens de consumo (+7,9%), mas recuaram as
importações de máquinas e equipamentos para produção (-11,4%) Compradores
e vendedores Segundo os
números do governo, a China continuou sendo o maior comprador de produtos
brasileiros no ano passado. Em 2017, o país asiático comprou US$ 50,2 bilhões
do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (US$ 26,9 bilhões), pela Argentina (US$
17,6 bilhões) e pelos Países Baixos (US$ 9,3 bilhões). Ao mesmo tempo,
a China também foi o maior vendedor para o Brasil. No ano pasasdo, as
importações do país asiático somaram US$ 27,9 bilhões, seguido dos Estados
Unidos (US$ 24,8 bilhões), da Argentina (US$ 9,4 bilhões) e da Alemanha (US$
9,2 bilhões). Estimativas
do mercado e do BC para 2018 A expectativa do
mercado financeiro para este ano é de piora do saldo comercial, segundo
pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras
na semana passada. A previsão dos
analistas dos bancos é de um superávit de US$ 52,5 bilhões nas transações comerciais do país com o
exterior para 2016. O Banco Central,
por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 59 bilhões para
este ano, com exportações em US$ 225 bilhões e compras do exterior no valor de
US$ 166 bilhões. |
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